E AGORA? NÓS VIRAMOS CARETAS?

 JUNTOS A  5 ANOS EM CASTIDADE

      Talvez, se fizermos uma enquete com os jovens de hoje, provavelmente, 100% deles vão dizer que “aproveitar a vida” é o que importa nessa fase de sua existência. Talvez, possamos encontrar diferentes opiniões sobre o que vem a ser “aproveitar a vida”, mas nós acreditamos que o conceito da galera, em geral, sobre “aproveitar a vida” é “fazer tudo o que der na telha!” Tudo mesmo!

  

      Parece até que alguns jovens só não fazem tudo o que realmente gostariam de fazer, porque algumas dessas coisas são socialmente proibidas, como usar drogas, por exemplo. Proibição essa que, para outros jovens, é totalmente irrelevante.

      Enfim. Esse é, de modo bem generalista, o conceito de “liberdade” da juventude: fazer tudo que der na telha.

  

      Infelizmente, parece que esse modo de pensar está, cada vez mais, se espalhando pela nossa juventude. Dizemos isso por nós, que agora escrevemos esse pequeno texto, nos sentimos tão deslocados em determinados ambientes. Sempre temos uma opinião diferente e sempre fica parecendo que nós somos os “caretas” ou os “do contra” que não querem pensar como o resto da galera. Tudo isso porque estamos “remando contra a maré”.

  

      Quando o assunto é namoro então! Nem nos fale!!! Quando se trata desse assunto, parece, para os outros, que nossa “caretice” fica clara, evidente e estampada em nossos rostos. O “normal” hoje é tão anormal pra nós! Vamos tentar explicar:

      Hoje em dia, a mídia prega o sexo como uma OBRIGAÇÃO entre os jovens. “É a fase da descoberta”, diz ela, “eles têm de experimentar”.

      Só para citar dois exemplos:

      O primeiro, aquela novela interminável, que já dura a mais de 10 anos, destinada ao público “teen” e que passa numa grande emissora de TV – nela, a mocinha sempre é virgem e SEMPRE é taxada como anormal por isso, mas também a mocinha acha estranho ser virgem, porque ela não está se guardando para o seu marido, em prova de amor a Deus. Nada disso! Ela, na verdade, está esperando “o cara certo pintar” para que ela, enfim, possa se sentir parte da galera.

      O segundo exemplo, essa nova série de livros que é a nova “febre” da galera, a história do lobo, do vampiro e da adolescente. Reparem com a menina é TOTALMENTE dependente do “amor” que sente pelo vampiro: “eu encontrei minha vida, quando te encontrei”, “eu já tenho tudo que quero: você”, “sem você minha vida não faz sentido”... Nossa! Isso é amor ou carência?

      Para nós, isso tudo é estranho porque tentamos viver sob uma Palavra de direção. Temos em mente que “Tudo é permito, mas nem tudo nos convém” (cf. I Cor. 6, 12). E, nesse sentido, o que mundo tem chamado de “caretice”, para nós, na verdade, tratasse de fidelidade a essa Palavra. Palavra que nos remete ao imenso amor de Deus.

      Muitos dos jovens que estão na Igreja já estão cansados de ouvirem falar sobre castidade, ao mesmo tempo em que são bombardeados com esse discurso de sua “anormalidade”. Por isso, acabam tentados a experimentar o mundo. Experimenta!! Esse é o apelo do mundo (lembram do comercial de cerveja?).

      Nós, como um casal jovem (20 e 24 anos) que está junto a 5 anos, vivendo a castidade, dizemos a vocês: Não experimentem! Sejam fies! Vale a pena! Uma irmã nossa vai se casar em setembro deste ano: foram 10 anos de namoro (vivendo a castidade!). Ela nos contou que pretende ofertar o seu primeiro dia de casada, sua lua de mel, ao Senhor, ou seja, nada de sexo! Loucura, radicalismo, caretice... deixem que o mundo fale! O que importa é que dentro desse novo casal está sendo derramada uma benção de amor Divino que não tem como mensurar.

      Se for para viver essa benção, que venham as críticas! De qualquer maneira, nós sempre poderemos responder: “Eu estou aproveitando a vida DE VERDADE! Eu faço a vontade de Deus”.

Tamily Freitas Lopes e Roger Luid

Salvador - Bahia